A agonia começa quando você pega o cartão de crédito para pagar a viagem e continua com a intragável comida do parque e as eternas filas em suas atrações. Não poderia ser melhor projetado: o que nós adultos buscamos nesta experiência é ter o pior momento possível, testar o limite da nossa capacidade de resistência, de modo que esse sacrifício se torne uma prova irrefutável (ante nós mesmos) de quanto amamos nossos filhos. LEIA AQUI
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Brincar não é coisa de criança. Brincar é também coisa de gente grande
Os imperativos da sociedade do desempenho e do consumo têm poder e força para convencer a todos de que é possível ter “qualidade de vida”, em uma vida sem sentido, mesmo porque construir o sentido da vida, hoje, é tarefa para poucos. Entretidos na busca de alto desempenho, muitos deixam de brincar e pensar e, cada um ao seu modo, adapta-se e reage ao que lhe é oferecido sem mediação simbólica nem criação de novos sentidos para a própria existência. São inúmeras as brincadeiras que não carregam em si o real significado do brincar. A família vai ao parque de diversões ou às férias na Disneyland e voltam para casa “azedos”, maldizendo o tempo e o dinheiro perdidos. Um presente caro para o filho pode ser menos interessante do que caixa no qual o mesmo veio embalado e, com a qual a criança brinca horas a fio. Leia Aqui